Hoje, 29 de janeiro, é o Dia da Visibilidade das Pessoas Trans (travestis e transexuais).
A data foi escolhida porque nela houve o lançamento oficial da campanha Travesti e Respeito, promovida pelo Programa Nacional de DST/Aids (atual Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais) do Ministério da Saúde em 2004.
É um dia para parabenizar e fazer uma reflexão sobre a cidadania das pessoas travestis e transexuais. Pesquisas realizadas nas Paradas LGBT no Rio de Janeiro (2004), São Paulo (2005) e Pernambuco (2006) revelaram que quem mais sofrem violência física são as travestis e transexuais (72%), comparado com os gays (22%) e as lésbicas (9%). Segundo dados do Grupo Gay da Bahia as travestis e transexuais representam 30% das pessoas LGBT assassinadas nos últimos anos. Proporcionalmente, esse dado é muito grave, considerando que a população de travestis e transexuais é muito menor que a de gays e lésbicas. Na maioria das vezes, as pessoas travestis e transexuais sofrem rejeição da família, abandonam a escola sem terminar os estudos e enfrentam grandes dificuldades de inserção no mercado de trabalho, entre outros iniquidades vivenciadas, de modo a torná-las altamente vulneráveis social e pessoalmente.
Este ano, pela primeira vez, uma travesti será protagonista de uma campanha de Carnaval do Ministério da Saúde. Em um dos cartazes que serão veiculados pelo País, um rapaz e uma travesti aparecem juntos como um casal, pulando Carnaval. A ideia é mostrar que esse tipo de situação é normal e que o único problema em qualquer relação de Carnaval é se esquecer do uso da camisinha. O objetivo é conscientizar todos os brasileiros, independente da opção sexual, da importância do uso do preservativo.
A mineira Adriana K, conhecida como Dri, é a travesti que aparecerá na campanha. Ela é agente de saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e afirma estar confiante no aumento da visibilidade das travestis. “Essa é uma ação para garantir segurança da saúde. Com relação às travestis, eu espero que a campanha ‘abra’ a cabeça das pessoas, esclarecendo que nós estamos inseridas na sociedade. A pessoa trans é desclassificada há muitos anos, e isso tudo vem ajudar a mudar essa realidade, porque vem abranger outras questões, como a saúde e a moralidade”, destaca Adriana.
Assim, queremos estender nossa solidariedade e estar ao lado das mesmas para lutarmos contra o preconceito, a discriminação e o estigma por orientação sexual e identidade de gênero.
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