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sábado, 17 de dezembro de 2011

Militantes defendem a criminalização da homofobia durante conferência nacional

Questões de Gênero


Fonte: www.geledes.or.br


Por um país livre da Pobreza e da discriminação provendo a cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Este é o tema da 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT.


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A conferência teve início nesta quinta (15), nas dependências da Confederação Nacional dos Transportes (CNTC), em Brasília, e vai até próximo domingo (18).


Militantes defendem a liberação imediata do material pedagógico do Projeto Escola sem Homofobia; a criação de uma Secretaria Nacional LGBT; e a provação da lei que criminaliza a homofobia (PLC 122/06). Além de uma política afirmativa de Direitos Humanos, que enfrente a homofobia e os crimes de ódios praticados no Brasil, reafirmando um Estado laico.


Segundo a ministra da Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Maria do Rosário, nos últimos nove anos, aconteceram maiores avanços da história do Brasil no campo de direitos da população LGBT.


"Tivemos o programa Brasil sem Homofobia, realizamos a 1ª Conferência Nacional, inauguramos o módulo LGBT do Disque Direitos Humanos – Disque 100, da SDH/PR, lançamos o selo "Faça do Brasil um Território Livre de Homofobia" e a posse do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, e o reconhecimento da união homoafetiva como entidade familiar", citou.


Homofobia


O medo caracterizado e o resultante desprezo pelos homossexuais podem ser resquícios de homofobia. O termo é usado para descrever uma repulsa às relações afetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Um ódio generalizado, violência física ou verbal distribuída gratuitamente, um tratamento diferenciado por razões preconceituosas e arbitrárias.


O Projeto de Lei da Câmara n.º 122/06 (PLC 122/06) visa criminalizar a discriminação motivada unicamente na orientação sexual ou na identidade de gênero da pessoa discriminada. Se aprovado, irá alterar a Lei de Racismo para incluir tais discriminações no conceito legal de racismo – que abrange, atualmente, a discriminação por cor de pele, etnia, origem nacional ou religião.


Impossível não lembrar de vítimas de homofobia como: Pai que teve a orelha cortada e o filho espancado depois de serem confundidos com gays, em uma feria agropecuária, no interior de São Paulo; O jovem agredido com uma lâmpada fluorescente na Avenida Paulista, nem novembro; Na mesma avenida Paulista um casal homossexuais foi covardemente agredido, uma das vítimas teve a perna quebrada.


Enquanto o PLC 122/06 não é aprovado, os cidadãos LGBT andam pelas ruas sem a proteção de uma lei específica para inibir e punir os homofóbicos


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Fêmea provoca separação de ‘pinguins gays’ de Toronto

A noticia no site da BBC Brasil poderia ter o título: Pinguim BISSEXUAL troca de parceiro...
Todos ja ouvimos sobre a fidelidade dos pinguins a seus parceiros, pra quem nao ainda nao sabe, eles tem relacionamentos duradouros e nao "traem" seus parceiros... Eu ja tinha visto algo a respeito dos pinguins homosexuais e hj encontrei mais essa no site da BBC Brasil.
Achei legal dividir com voces - Beijao - Marcio


Os chamados ''pinguins gays'' de Toronto, no Canadá, Buddy e Pedro, se separaram oficialmente, segundo funcionários do zoológico local, após um deles ter encontrado uma outra cara metade, mas do sexo feminino.



Buddy (ao centro) observa Pedro e esnoba uma fêmea



Buddy (ao centro) observa Pedro e esnoba uma fêmea


Eles foram separados no mês passado por funcionários do zoológico, que afirmam que os animais precisam se reproduzir, já que os pinguins africanos são uma espécie ameaçada.
Buddy agora está com a fêmea escolhida, mas Pedro permanece solitário, mesmo após várias tentativas feitas pelos funcionários do zoo de aproximá-lo de outras fêmeas.
Buddy e Pedro compartilharam um ninho por cerca de um ano antes de terem chegado ao zoológico.


Celebridades
Vídeos do casal de pinguins se tornaram altamente populares na internet.
Tom Mason, o curador das seções de pássaros e invertebrados do Zoológico de Toronto, afirmou, em uma entrevista coletiva na segunda-feira, que três dias após o relacionamento entre a dupla de pinguins ter terminado, Buddy formou um par com a fêmea Farai, no dia 19 de novembro.
Pedro vem cortejando outra fêmea, Thandiwey, há várias semanas, mas ela não tem dado sinais de estar muito interessada.
Mason disse que a relação entre Buddy e Pedro tem sido social, mas não sexual, e que os dois provavelmente acabarão se acasalando com fêmeas.
Buddy, de 21 anos, chegou a ter uma parceira por uma década, com quem teve filhotes. Mas Pedro, de 10 anos, ainda não teve filhotes.

Especial de Natal de "Os Simpsons" tem Lisa em namoro lésbico


Lisa (à direita) posa para foto de família ao lado de namorada (Foto: Reprodução)



Lisa (à direita) posa para foto de família ao lado de namorada (Foto: Reprodução)
O O especial de Natal de "Os Simpsons" avançará 30 anos no tempo e mostrará o que aconteceu com Bart e Lisa, os filhos mais velhos de Homer e Marge.

No episódio, intitulado "Holidays of Future Passed", Lisa tem uma filha rebelde e está casada com o nerd Milhouse, que sempre foi apaixonado por ela. Antes da união, no entanto, a filha certinha de Homer teve um relacionamento lésbico durante a faculdade e, como mostra uma foto na casa dos Simpsons, Lisa chegou a levar a parceira na casa da família.

O episódio, exibido nos Estados Unidos no último domingo (11), faz parte da 23ª temporada da série, que ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O rosa do movimento estudantil e dos gays...

No começo dos anos 1980, houve uma espécie de “limpeza” de homossexuais e prostitutas das ruas de São Paulo comandada pelo delegado José Wilson Richetti. O antropólogo Peter Fry e o sociólogo Edward MacRae descrevem o momento: “Os métodos eram os de sempre: batidas relâmpago nos locais de reunião, a prisão ilegal para averiguação de antecedentes, mesmo no caso de pessoas com seus documentos em ordem, e o emprego de uma brutalidade extremada especialmente no caso de prostitutas e travestis. O movimento homossexual reagiu e, acionando os seus contatos com os movimentos feminista, negro e estudantil, promoveu uma inusitada passeata pelo centro da cidade como forma de protesto. Quase mil pessoas atenderam à chamada, prostitutas, alguns membros dos movimentos negro, estudantil e feminista, mas sobretudo um grande contingente de homossexuais, que deram o tom do evento através de palavras de ordem tipo: 'Agora já, queremos é fechar', 'ABX, libertem os travestis', 'Richetti é louca, ela dorme de touca', etc...”Isso mostra já no começo do chamado movimento gay, que as preocupações saiam para além de seu próprio umbigo. No trecho narrado acima, temos o detalhe importante da participação de outras minorias e movimentos sociais na passeata que hoje é um dos marcos históricos da militância gay no país.Entender que a questão da homofobia é ampla e que ela não será superada por completo se não se resolver a misoginia, principalmente, mas também o racismo e outras formas de preconceito é a mensagem subliminar que essa manifestação dos anos 80 parece nos sussurrar até hoje.Nesta quinta-feira, 24, houve uma passeata dos estudantes da USP que resolveu abrigar outras bandeiras além das que eles estão travando atualmente como a questão da segurança nos campi e uma maior democratização da reitoria e suas decisões, além de melhorias na qualidade de ensino no país, mas também estava em questão a violência e a omissão policial e do Estado. Aos gritos: “Mas que vergonha, achar que a greve é por causa da maconha”, eles explicavam o que estavam fazendo ali na Paulista.Como disse, outras bandeiras estavam unidas nessa passeata que teve um tom internacional, já que estudantes no Chile e de outros países também marcaram a mesma quinta para manifestações.



Um detalhe nada bobo era que a cor da passeata não era o tradicional vermelho, ligado às esquerdas históricas, nem o preto, que sempre dá o tom de luto. Grande parte dos manifestantes estavam de cor de rosa. Em uma bem humorada tiração de sarro da PM, muitos se intitulavam Tropa de Shock, dando uma resposta de leveza à brutalidade.O rosa é, por definição, uma cor das mulheres - quando nasce, se é menina, ela logo terá roupas e objetos dessa cor. O rosa é também a cor que "identificava" há algum tempo se um homem era gay. Transformar o rosa em símbolo de um movimento é subvertê-lo de sua apreciação ligada no senso comum a algo frágil.


O mais encantador é que mesmo em pequeno número os gays estavam lá empunhando suas bandeiras – sei, a linguagem está militante, mas impossível escrever de outra forma. Desde casais do mesmo sexo expressando afetividade no meio da passeata, a bandeira do arco-íris até um cartaz de apoio ao movimento estudantil e de inserção da questão da homofobia no debate com os dizeres: “Criminalizem a homofobia. Não os movimentos sociais”.


Esse vínculo e essa inserção que muitos gays hoje fazem com o histórico do movimento homossexual no país é um dos fatos políticos mais importantes que estão acontecendo com os LGBTs e o atual momento de convulsão social - natural das democracias.Até porque os que chamaram os estudantes de “maconheiros playboys mimados” são da mesma mentalidade que acreditam que as bichas são “anormais e querem instalar uma ditadura gay no país”. O bom e velho reacionário que prega a desinformação de peito aberto para a intolerância.



***Depois da passeata, encontrei com o jornalista Xico Sá que me disse a seguinte frase: “É sempre um bom sinal quando os estudantes saem às ruas”. E de certa forma, os gays estavam juntos nesse bom presságio.



Enviado pela Robs, por e-mail.
Fonte: http://blogay.folha.blog.uol.com.br/arch2011-11-20_2011-11-26.html#2011_11-24_23_49_10-159984795-0

sábado, 26 de novembro de 2011

"Antes pegador que veado, né?", diz Caio Castro

Eu já não gostava dele... agora então...



Para a publicação, o artista ainda disse que não quer ser o príncipe do imaginário feminino para sempre. “Não é a minha ideia ser bonitinho, galãzinho, fofinho para sempre. Antenor foi uma chance de mudar esse quadro. Não quero ficar estereotipado”, declarou.



Semelhanças com seu personagem? “Temos a ambição, mas a minha é diferente da dele, que é egoísta e só enxerga a si mesmo. Coisa que não sou. Ele passa por cima de quem tiver de passar. Antenor tinha vergonha da mãe, e eu sou total família, para mim família é tudo”.



Fonte: UOL

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Parada Gay espera reunir 50 mil pessoas em sua 5ª edição

Abertura do 3º Encontro LGBT da cidade contece na quinta-feira (24)




A 5ª Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) de Piracicaba, popularmente chamada de Parada Gay, espera reunir 50 mil pessoas no próximo domingo (27). O evento encerra as atividades do 3º Encontro LGBT da cidade, que começa nesta quinta-feira (24).



"O encontro precede a parada. Nestes dias são realizadas palestras, debates e orientações sobre diversos assuntos ligados aos homossexuais", disse o coordenador geral do Centro de Apoio e Solidariedade à Vida (Casvi), Anselmo Figueiredo. A organização não governamental (ONG) é a organizadora da festa.


Mudança
A Parada Gay teve sua rota alterada no ano passado. Atualmente, o aquecimento e o início do evento acontecem na Praça do Pelourinho. O ponto final da festa é o Engenho Central.

"Começamos em 2007 com 5 mil pessoas. Um ano depois foram 8 mil e, em 2009, houve um salto gigantesco para 30 mil pessoas e que se manteve em 2010", disse Figueiredo. Para ele, os 50 mil visitantes esperados em 2011 devem-se a maior divulgação feita pela ONG em todo o Estado.


Uma das novidades do encontro neste ano acontece durante a cerimônia de abertura, que vai ser realizada às 19h30 no anfiteatro do Sesc Piracicaba. Após a abertura do evento será realizado o 1ª Prêmio Cidadania e Respeito à Diversidade Sexual da cidade.


No dia 25 e 26 serão realizadas diversas palestras no anfiteatro da Biblioteca Municipal. Os temas abordados vão de direitos LGBT em São Paulo e no Brasil à homofobia nas escolas, passando pelas ações de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, entre outros temas.


"Toda essa movimentação é muito boa para a causa LGBT. A cidade inteira passa a falar sobre o assunto. Isso é muito importante", finalizou Figueiredo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Avenida Paulista recebe manifestação de estudantes da USP e LGBT

Na próxima quinta-feira (24), o movimento LGBT de São Paulo vai se unir aos estudantes da USPAvenida Paulista, em São Paulo, para uma “Aula de Democracia”. em uma manifestação pacífica na na Avenida Paulista, em São Paulo, para uma “Aula de Democracia”.


O ato foi convocado pelos acadêmicos da USP em protesto ao bafo que rolou dentro do campus da universidade, com estudantes presos e reitoria invadida.


A participação de militantes LGBT, convocada pelo grupo Ato Anti-Homofobia, vai pedir a aprovação imediata do projeto de lei que criminaliza a homofobia em todo o Brasil, e ainda um ensino inclusivo, com respeito e dignidade e sem homofobia.


A concentração será às 14h, na Praça Oswaldo Cruz, começo da Paulista.

O Novo Normal

Casal gay protagoniza matéria inspirada em direitos LGBT e famílias homoparentais.

A revista americana Parenting de dezembro apresenta uma matéria inspirada em uma nova realidade americana, no que diz respeito a direitos LGBT e famílias homoparentais. “O Novo Normal: Pais que ficam em casa, pais gays e mais” faz um retrato sobre como a ideia de família mudou atualmente, dizendo que “quase tudo funciona bem quando se têm adultos dedicados e cheios de amor”.

O "Novo Normal" conta sobre três famílias diferentes: uma é liderada por uma mãe solteira com filho adotivo, outra tem um pai que é “dono-de-casa”, que fica em casa cuidando dos filhos enquanto a esposa trabalha. E enfim, chegamos à família formada por pais do mesmo sexo, nesse caso os nova-iorquinos Christopher Fraley e Victor Self, pais da garotinha Coco, de 20 meses de idade.

Muito bem escrita, a matéria fala sobre todas essas famílias com sensibilidade, com depoimentos importantes para se refletir, como o próprio Fraley observa: “Olhe ao redor. Todas as famílias são diferentes”. O texto informa também sobre como o número de famílias homoparentais cresceram nos Estados Unidos (de 300 a 500 mil em 1976, atualmente o número se encontra entre 1,5 milhão a 5 milhões).

A matéria foi escrita pela repórter Deborah Skolnik, que interessou-se pelo casal ao ver uma reportagem sobre eles no jornal (Fraley e Self ganharam grande notoriedade porque foram o primeiro casal homossexual a oficializar legalmente sua união em Nova York, em julho deste ano).

Fonte: www.mundomais.com.br

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Brett Ratner renuncia à produção do Oscar após insulto a gays




Poderia até parecer uma simples brincadeira, custou caro....

O cineasta Brett Ratner deixou seu emprego como produtor do Oscar ao apresentar na terça-feira sua renúncia aos organizadores da premiação, depois de ter causado indignação no setor de entretenimento por conta de seu insulto aos homossexuais.



Durante uma sessão de perguntas e respostas na exibição de sua nova comédia, "Tower Heist", na semana passada, Ratner foi questionado sobre os ensaios antes da gravação do filme, e respondeu: "ensaiar é para bichas".


Ele se desculpou publicamente depois, mas o dano já havia sido feito. Alguns grupos defensores dos direitos dos gays e alguns membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza os Oscars, não concordaram com o seu uso da palavra "bichas".
Academia disse que Ratner entregou sua carta de renúncia na manhã de terça-feira, mas ainda não havia informações de quem seria seu substituto.


Fonte: www.Estadao.com.br/cultura

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Heterofobia e moscas albinas

Heterofobia e moscas albinas
Sites brasileiros distorcem estudo produzido nos Estados Unidos

por João Marinho
O que vem a ser homofobia? Atualmente muito popular, a palavra parece ser autoexplicativa para a maioria dos mortais, mas há grupos e "especialistas" que procuram problematizar a questão – quase sempre, em nossa opinião, no intuito de jogar uma cortina de fumaça sobre o preconceito e a discriminação sofridos cotidianamente por gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs).

Em 2007, assisti a uma audiência pública no Senado a respeito do PLC 122/2006 – o projeto de lei que busca criminalizar, no Brasil, precisamente essa prática discriminatória. Lembro-me de que um dos convidados foi o Reverendo Guilhermino Cunha, da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB), que, durante sua argumentação, tentou desqualificar a palavra homofobia.

Recorrendo aos elementos formadores da palavra – o prefixo homo-, de "igual" ou "semelhante"; e o sufixo -fobia, de "medo" –, Cunha procurou sustentar a impossibilidade de utilizar o termo para descrever o preconceito e a discriminação sofridos por LGBTs. Segundo ele, uma pessoahomofóbica seria alguém que tivesse medo do igual, ou seja, do mesmo sexo. Uma definição em que a maioria dos heterossexuais, e dos evangélicos que se opõem ao PLC, jamais poderia ser encaixada.

Parecia uma explicação plausível, mas aprendi, ao estudar autores como Michel Foucault e Pierre Bourdieu, que o questionamento sobre o que diz um saber especializado normalmente é um dos primeiros e mais necessários passos ao propormos uma sociedade mais libertária e aberta às diferenças. A ciência e os discursos do saber não são, afinal, integralmente neutros – e, aqui e ali, é preciso depurá-los de valores culturais e julgamentos morais que advêm de ideologias a priori e preconceitos históricos prévios.

Não sou linguista, mas, para qualquer pessoa que estude minimamente a língua portuguesa, resulta claro que o processo de formação de palavras pode ser mais livre e espontâneo do que certos etimólogos gostariam, e, nesse processo, nem sempre um prefixo de origem grega ou latina corresponde ao seu significado original na formação de uma palavra. Por vezes, o prefixo assume o sentido global de uma palavra da qual antes era componente, resultando no que se denomina falso prefixo.

Auto- é um dos melhores exemplos. O significado original grego é o de "por si mesmo" ou "próprio", como na palavra automóvel: algo que se move por si mesmo. No entanto, auto- é, por vezes, um falso prefixo, ao assumir, em outras palavras, precisamente o significado de automóvel, carro, e não o de "por si mesmo".

Com efeito, em palavras como autoescola e autovia, qualquer um entende que falamos de uma escola para aprender a dirigir um carro e de uma via em que os carros passam – e não de uma escola ou de um caminho que, magicamente, se movem sozinhos. Aeroporto é outro exemplo, com o falso prefixo aero-: obviamente, falamos de um lugar onde aeronaves pousam, e não de um porto que flutua no ar, que seria o caso se aero- mantivesse seu significado original.

Ora, homo-, de homofobia, deriva de homossexual. É um caso de falso prefixo, em que homo- não é "igual" ou "semelhante": homo- é gay! E fobia? Bom, embora na psicologia e na psiquiatria, fobia seja quase sempre um medo patológico de alguma coisa, ela também se revestiu de um sentido conotativo ou derivado no uso cotidiano do português, significando aversão ou falta de tolerância. Portanto, como já registram dicionários como o Houaiss, homofobia simplesmente é a "rejeição ou aversão a homossexual e a homossexualidade".

Prova desse uso corrente de -fobia, eu tive em 2010, quando encomendei óculos novos com lenteshidrofóbicas. É óbvio que a vendedora falava de uma tecnologia que permitia às lentes serem à prova d'água e não se mancharem com gotículas – e não de lentes que, ao observarem a chuva chegando, fugissem dela, assustadas e traumatizadas.

Obviamente, conforme a palavra homofobia se populariza, o apelo de argumentos como o do Reverendo Cunha torna-se mais fraco. Gostem ou não, todos hoje têm uma consciência, mesmo parcial, do que é homofobia e do que é ser homófobo, homofóbico.

Foi, então, que os que se opõem aos direitos dos LGBTs lançaram outra ideia: a de heterofobia. Assumindo o uso do falso prefixo e o sentido conotativo ou derivado de fobia, passaram a dizer que gays e afins são heterofóbicos, ou seja, têm aversão a heterossexuais.

Posso admitir que existam pessoas que sejam, por exemplo, machistas – e considerem os homens superiores às mulheres de alguma forma. Pessoas que sejam misóginas – tenham aversão a mulheres; que sejam misândricas – tenham aversão a homens; ou mesmo misantropas, que tenham aversão ao gênero humano.

No entanto, a existência de pessoas que tenham aversão a heterossexuais ou à heterossexualidade especificamente, embora seja teoricamente possível, é bem mais difícil de sustentar. Quando alguém tem aversão a mulheres, por exemplo, normalmente é uma aversão que se dirige a todas, e as lésbicas costumam até mesmo sofrer essa aversão em dose dupla.

Fica até difícil pensar de que maneira a heterofobia se manifestaria. Se gays podem ser xingados de "veados", "bichas", "baitolas"... Como se xingaria alguém por ser hétero? E quantos héteros, no Brasil, são agredidos e mortos por esta razão: o fato único e exclusivo de gostarem do sexo oposto?

No entanto, a oposição aos LGBTs diz ter seus dados. Na internet em língua portuguesa, é repetida à exaustão a existência de um determinado estudo conduzido por Stephen M. White e Louis R. Franzini que indicaria "que há mais sentimentos negativos e heterofobia por parte das pessoas homossexuais, quando comparados com os sentimentos negativos e homofobia por parte das pessoas heterossexuais". Dúvida? Consultem este link: http://tinyurl.com/82mu4q4. A descrição encontra espaço até na Wikipédia, que muitos estudantes utilizam como fonte de pesquisa.

Sabendo que há muitos boatos e informações incorretas na internet, incluindo a Wikipédia – por sinal, chama a atenção que nenhum site indique qual seria esse estudo, onde e quando foi publicado –, procurei saber mais sobre a pesquisa dos Drs. White e Franzini.

Os autores existem, e, após navegar por mares nunca dantes navegados, deparei-me com a existência do estudo Heteronegativism? The attitudes of gay men and lesbians toward heterosexuals, publicado no Journal of Homosexuality, em 1999.

Infelizmente, quase todos os sites que disponibilizavam o estudo cobravam pelo download, e não foi possível obtê-lo na íntegra... Mas, como geralmente ocorre numa pesquisa bem-feita mesmo na internet, acabei por encontrar o contato do Dr. Stephen M. White no The Rainbow Connection, um site dedicado a ajudar pais de crianças homossexuais mantido pelo próprio psicólogo – e que possui o mesmo nome de um livro escrito por ele, sobre o mesmo assunto.

Tomei a liberdade de escrever-lhe pedindo que esclarecesse suas descobertas, informando que o material seria utilizado neste artigo, que vocês ora leem. A reação do Dr. White foi de surpresa. Com todas as palavras, ele me informou que os sites brasileiros – e portugueses – que indicam maior preconceito de gays e lésbicas em relação aos heterossexuais do que o inverso simplesmente dizem o contrário do que o estudo havia descoberto!

White e Franzini, na verdade, descobriram que, apesar de sofrerem muito mais discriminação devido a sua orientação sexual, gays e lésbicas mantinham, em geral, uma atitude extremamente positivapara com os heterossexuais, muito mais do que os heterossexuais dedicam a eles. Meu contato com o Dr. White resultou em uma nota de esclarecimento, assinada por ele, em inglês, e agora disponível no The Rainbow Connection: http://the-rainbow-connection.org/ResearchClarification.html.

Resumo da ópera e lição de jornalismo: não acreditem em tudo que leem; busquem sempre fontes e informações confiáveis e comparem dados; não reproduzam aquilo sobre o que paira dúvida ou não se sabe a origem; e se deem o benefício de questionar e perguntar sempre – e aproveitem agora para, orgulhosos, mandar a cada site que fez um uso incorreto das descobertas dos Drs. White e Franzini a informação fidedigna e desmascarar mais essa mentira que paira sobre os LGBTs.

Para mim, particularmente, o que me resta é dizer que até acredito que exista heterofobia. Também acredito em moscas albinas de olhos azuis – mas, até o momento, não vi nenhuma das duas coisas...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Orações para Bobby - Trailer by Luciano Rundrox

Esse filme deveria ser visto por pais, maes, filhos, irmaos....
por todas as pessoas que tomam atitudes impensadas...
As vezes, fica muito tarde pra tentar um abraço...

Sem fronteiras...

Cubano recebeu visto por ter relacionamento estável com brasileiro, em decisão inédita no Brasil.

O Ministério da Justiça concedeu, pela primeira vez, visto de residência permanente para um estrangeiro com base na união homoafetiva. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (14) no "Diário Oficial da União".

O contemplado é um cubano com nacionalidade espanhola que reivindicou o direito de permanecer no Brasil por viver em união estável com um brasileiro. O casal mora em Araçatuba (SP).

O entendimento de que os direitos civis relacionados à união estável também valem para casais do mesmo sexo já vinha sendo aplicado nos últimos anos em decisões judiciais.

Em outubro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu o casamento civil igualitário. Quatro dos cinco ministros da quarta turma do tribunal decidiram autorizar o casamento de um casal de gaúchas que vivem juntas há cinco anos e desejavam mudar o estado civil.

A decisão que beneficia as duas mulheres não pode ser aplicada automaticamente a outros casos, porém abre precedente para que tribunais de instâncias inferiores ou até mesmo cartórios adotem posição semelhante.

Foi a primeira vez que o STJ admitiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Outros casais já haviam conseguido se casar em âmbito civil em instâncias inferiores da Justiça. Neste caso, porém, o pedido chegou ao STJ porque foi rejeitado por um cartório e pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Fonte: www.mundomais.com.br


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os 10 homens GAYS de negócios mais poderosos



Tim Cook, novo presidente da Apple, é apenas o mais recente exemplo de um executivo que assumiu sua homossexualidade



Tim Cook, CEO da Apple




Antes de se tornar sucessor de Steve Jobs, na Apple, Tim Cook foi vice-presidente corporativo da Compaq e passou também pelas diretorias da IBM e Worldwide.



Considerado um workaholic de carteirinha e um entusiasta de práticas esportivas, o novo CEO da Apple prefere ser mais reservado quando o assunto é a sua orientação sexual.

A notícia só veio à tona, quando, na última semana, após ser apresentado como sucessor de Jobs, a imprensa americana levantou a questão.

Em 2010, ele foi eleito o gay mais poderoso em um ranking de 50 pessoas da americana Out.





Peter Thiel, criador do PayPal





Um dos fundadores do PayPal e um dos principais acionistas do Facebook, Peter Thiel foi eleito pela revista Out o sétimo gay mais poderoso dos Estados Unidos.



Com uma fortuna avaliada em 1,5 bilhão de dólares, Thiel está entre os homens mais ricos do mundo, segundo a Forbes.



O empresário é engajado nas causas ligadas a homossexualidade nos Estados Unidos. Ele já apoiou, por exemplo, a Fundação Americana para os Direitos da Igualdade e também o movimento GOProud.



Giorgio Armani





Giorgio Armani é um dos mais conhecidos estilistas do mundo. Segundo a Forbes, sua fortuna é avaliada em mais de 7 bilhões de dólares.



Antes de virar um dos ícones do mundo da moda, Armani frequentou a faculdade de Medicina por dois anos e trabalhou em lojas de departamento, como decorador de vitrines.

Na década de 80, Armani pensou em largar tudo, após a morte de seu companheiro. Recentemente, no entanto, ele foi flagrado em uma praia na Espanha ao lado de um novo affair.





Rich Ross, da Disney





Presidente dos estúdios Disney, Rich Ross está entre os dez gays mais poderosos dos Estados Unidos.



O executivo é responsável pelos programas infantis e para adolescentes dos estúdios Disney – o que inclui mais de 60 canais da companhia.



Ao longo de sua carreira, Ross ocupou cargos de grande importância, como o de vice-presidente sênior da rede FX. Ele também contribuiu para a criação do canal Nickelodeon.






Barry Diller, fundador da Fox





Barry Diller é o presidente executivo da IAC. Ele foi um dos fundadores da Fox Broadcasting Company e, por mais de dez anos, foi presidente da Paramount Pictures.



Em 2005, ele foi o executivo americano mais bem pago, segundo o jornal New York Times.



Com um currículo invejável, Diller é atualmente casado com a estilista Diane von Fürstenberg. Mas isso não o impede de estar entre os dez gays mais poderosos dos Estados Unidos.





James Hormel





James Hormel é herdeiro de uma das maiores empresas de carne processada no mundo, a Hormel Foods.



Casado durante mais de dez anos com uma mulher, o empresário tem cinco filhos, 14 netos e três bisnetos. Mas, atualmente, ele vive com seu companheiro, Michael P. Nguyen, na Califórnia.



O empresário é engajado na luta dos direitos dos gays. Em 1995, ele criou um centro na biblioteca pública de São Francisco para documentar coleções feitas por grupos LGBT.



David Geffen





Fundador do estúdio DreamWorks, em 1994, o empresário David Geffen tem dedicado boa parte da sua vida à arte e a negócios ligados a ela.



Geffen já liderou a lista da revista Out, como o gay mais poderoso dos Estados Unidos. Hoje ele ocupa a 19º posição no ranking.

Considerado uma das pessoas mais ricas da indústria do entretenimento nos Estados Unidos, sua fortuna é avaliada em cerca de 5 bilhões de dólares.

Sobre sua orientação sexual? Geffen não tem nenhum problema em assumir sua homossexualidade.



Tim Gill





Tim Gill (dir.) é criador do programa de computador QuarkXpress, mas o empresário também é conhecido nos Estados Unidos por presidir duas fundações LGBT.



Após a venda de sua participação na empresa que fundou, nos anos 2000, Gill tem dedicado boa parte do seu tempo à defesa dos direitos dos gays.



Desde 2002, ele é casado com Scott Miller, consultor financeiro, os dois vivem no Colorado.



Jann Wenner





Fundador da revista Rolling Stone, Jann Wenner ocupa a posição de número 17 na lista dos gays mais poderosos da revista Out.



Durante um bom tempo, o empresário foi casado com uma mulher, com quem teve três filhos.

Desde 1995, Wenner é casado com um designer de moda e também tem três filhos com o seu novo parceiro.



Robert Hanson, CEO da Levi's





Robert Hanson começou sua carreira na Levi's, em 1988, como gerente de publicidade. Como vice-presidente de marketing da companhia, o executivo criou duas novas marcas.



Foi ele o responsável pela difusão da marca na Europa, Oriente Médio e África.



Hanson também está entre os 50 gays mais poderosos, segundo a revista Out.



Fonte: Revista Exame.com (Set/2011)

Pode me chamar de gay...

Pode me chamar de gay, não está me ofendendo. Pode me chamar de gay, é um elogio. Pode me chamar de gay, apesar de ser heterossexual, não me importo de ser confundido. Ser gay me favorece, me amplia, me liberta dos condicionamentos. Não é um julgamento, é uma referência. Pode me chamar de gay, não me sinto desaforado, não me sinto incomodado, não me sinto diminuído, não me sinto constrangido.
Pode me chamar de gay, está dizendo que sou inteligente. Está dizendo que converso com ênfase. Está dizendo que sou sensível. Pode me chamar de gay. Está dizendo que me preocupo com os detalhes. Está dizendo que dou água para as samambaias. Está dizendo que me preocupo com a vaidade. Está dizendo que me preocupo com a verdade. Pode me chamar de gay. Está dizendo que guardo segredo. Está dizendo que me importo com as palavras que não foram ditas. Está dizendo que tenho senso de humor. Está dizendo que sou carente pelo futuro. Está dizendo que sei escolher as roupas.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que cuido do corpo, afino as cordas dos traços. Está dizendo que falo sobre sexo sem vergonha. Está dizendo que danço levantando os braços. Pode me chamar de gay. Está dizendo que choro sem o consolo dos lenços. Está dizendo que meus pesadelos passaram na infância. Está dizendo que dobro toalha de mesa como se fosse um pijama de seda.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou aberto e me livrei dos preconceitos. Está dizendo que posso andar de mãos dadas com os anéis. Está dizendo que assisto a um filme para me organizar no escuro. Pode me chamar de gay. Está dizendo que reinventei minha sexualidade, reinventei meus princípios, reinventei meu rosto de noite.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que não morri no ventre, na cor da íris, no castanho dos cílios. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou o melhor amigo da mulher, que aceno ao máximo no aeroporto, que chamo o táxi com grito.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que me importo com o sofrimento do outro, com a rejeição, com o medo do isolamento. Está dizendo que não tolero a omissão, a inveja, o rancor.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que vou esperar sua primeira garfada antes de comer. Está dizendo que não palito os dentes. Está dizendo que desabafo os sentimentos diante de um copo de vinho.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou generoso com as perdas, que não economizo elogios, que coleciono sapatos.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou educado, que sou espontâneo, que estou vivo para não me reprimir na hora de escrever. Pode me chamar de gay. Que seja bem alto. A fragilidade do vidro nasce da força e do ímpeto do fogo.

Fabrício Carpinejar

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Gays podem doar sangue, mas com restrições, destacam jornais

Nao sei quanto a voces, mas eu decidi não mentir mais quando me propuzer a doar sangue.

Segundo reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense em Junho desse ano, mais um passo na luta contra a discriminação foi ensaiado com a publicação no Diário Oficial da União de portaria do Ministério da Saúde determinando que a orientação sexual não deve ser alvo de preconceito ou discriminação para a doação de sangue. A nova regra, no entanto, esbarra em outra restrição, já prevista na legislação desde 2004: homens que tiveram relação sexual com parceiros do mesmo sexo, ainda que com uso de preservativos, ficam impedidos de doar por um período de 12 meses.


"Estudos ainda mostram que o risco do homem que fez sexo com homem é 18 vezes maior de ter infecção pelo HIV do que a população que não tem esse tipo de atividade sexual", disse o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à Folha de S.Paulo.
Para o professor de hematologia e hemoterapia da USP Dalton Chamone, a mudança é positiva. "Hoje, o que mais importa é o rigor na avaliação do comportamento de risco e não a orientação sexual do doador", disse também à Folha.

Em entrevista ao jornal O Globo, o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, justificou que "é uma posição da classe científica internacional”.

Embora reconheça que o risco entre homossexuais masculinos seja maior, o infectologista Esper Kallas, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse ao jornal O Estado de S.Paulo que é contra essa restrição. "Seria melhor levar em conta o comportamento de risco como um todo, seja ele entre hetero ou homossexuais. Essa avaliação deve acontecer caso a caso", afirma.

Para ativistas, gays continuam proibidos de doar sangue

A Portaria 1.353 publicada pelo Ministério da Saúde em 13 de junho de 2011, sobre Procedimentos Hemoterápicos estabelece que a orientação sexual (hetero, bi ou homossexualidade) não deve ser usada como critério para seleção de doadores de sangue. Porém, a mesma portaria considera inaptos temporariamente à doação os homens que fizeram sexo com outros homens e/ou as parceiras sexuais deles. O impedimento é pelo periodo de 12 meses após a relação sexual.

“Essa probiição é discriminatória”, avaliou Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Mesmo assim, Toni disse que o fato do ministro Padilha ter afirmado que a orientação sexual não é um dos critérios de seleção.

O ativista também declarou que a população homossexual ainda é proporcionalmente mais afetada pela aids, mas muitos se protegem em todas as relações, ao contrário de muitos heterossexuais.

Marinalva Santana, do Marizes, grupo que atua em defesa da população de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais no Piauí, disse que a proibição da população homossexual em doar sangue se manteve. “A orientação sexual não pode ser um fator determinante para doação de sangue, pois quando um gay que não é afeminado não declara ser homossexual ele pode doar normalmente".

Segundo o Presidente do Grupo Pela Vidda (Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids), Mário Scheffer, a Portaria é absurda e contraditória. “Essa Portaria conseguiu criar um tipo de ´homossexualidade transitória´, como se fosse possivel que os homens que fazem sexo com homens tivessem esse tipo de relação durante um tempo e parasse por um ano”, ironizou.

Especialista em saúde pública, Mário acredita que com a expansão do Teste NAT, o governo deveria começar a aceitar de fato a doação de sangue de homossexuais. “Essa era o argumento que o Ministério dava para restringir a doação. Agora não há mais desculpas”, disse.

O exame NAT reduz o tempo de janela imunológica, ou seja, o intervalo de tempo entre a infecção e a detecção de anticorpos de vírus no corpo. No caso da Hepatite C, por exemplo, diminui de 70 para 20 dias e do HIV de 21 para 10 dias.

Ministro Padilha explica restrições

Durante discurso que divulgou a nova portaria nessa terça-feira, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que as restrições feitas na doação visam proteger aqueles que vão receber o sangue e são calcadas em conhecimentos técnicos.

Padilha ressaltou que essas restrições não devem ser levadas como uma forma de discriminação e citou que quando trabalhava numa região endêmica à malária, no Estado do Pará, também era proibido de doar sangue, mesmo sendo médico e se protegendo sempre para evitar a picada do mosquito. “O conjunto de ações que possam restringir uma pessoa de doar sangue não é motivo para que essa pessoa seja discriminada. Seja pela atividade profissional, região onde mora, orientação sexual ou classe social”, afirmou.

Segundo o ministro, além da expansão do NAT, a Pasta está realizando um estudo para identificar melhor quais os perfis das populações que pode m estar em situação de risco para a doação de sangue. “Com esses dois itens, talvez no começo do ano que vem a gente possa rever novamente a restrição para doação de sangue e com isso aumentar a possibilidade de doares”, disse.

Enquanto isso do outro lado do mundo:

Reino Unido suspende proibição de doação de sangue por gays

As restrições haviam sido estabelecidas nos anos 80, como medida de prevenção ao risco de contaminação pela Aids


Entre os motivos da suspensão está a melhoria nas análises clínicas de sangue, que verificam uma possível presença do vírus HIV

Londres - O Ministério de Saúde britânico anunciou que a partir do dia 7 de novembro está suspensa a proibição de doação de sangue imposta aos homossexuais, que tinha o objetivo de prevenir o risco de contaminação pela Aids.

A medida está em conformidade com as recomendações do chamado "Comitê Assessor de Segurança do Sangue", que estipula que homossexuais que não tiveram relações sexuais durante o período de um ano podem doar sangue.

As restrições haviam sido estabelecidas nos anos 80, como medida de precaução. Entretanto, os últimos estudos médicos apresentados ao governo britânico indicam que já não há justificativa para uma regulamentação deste tipo.

Entre os motivos da suspensão está a melhoria nas análises clínicas de sangue. Atualmente, todo o sangue que é doado, passa por uma análise do serviço nacional de sangue, para verificar uma possível presença do vírus HIV.

De acordo com especialistas, é impossível detectar o vírus durante um período após a infecção. Por isso, vários países haviam suavizado as proibições, levando em conta o tempo passado desde a última vez em que um homem manteve relações íntimas com outro.

Além dos gays, também são proibidas de doar sangue no Reino Unido pessoas que foram sexualmente ativas em países onde a incidência da doença é grande.

No início deste ano, o sindicado das enfermeiras votou a favor da suspensão da proibição aos homossexuais.


Fontes: Correio Braziliense, Folha de Sao Paulo, UOL, Revista Exame

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Justiça Seja Feita

Ex-companheiro de artista plástico consegue reaver imóvel na Justiça



Fotógrafo recupera o apartamento onde viveu com o pintor Jorge Guinle Filho



Fotógrafo Marco RodriguesNa edição de O GLOBO no dia 09/09/2011, a notícia sobre a retomada do apartamento do Alto Leblon, zona nobre do Rio, pelo fotógrafo Marco Rodrigues, que viveu com Jorge Guinle Filho durante 17 anos.


A luta de Marco começou num momento em que os direitos dos gays e seus companheiros ainda eram hipotéticos e fez jurisprudência para resolver pendências de outros casais vivendo relações homoafetivas e, também, para usucapião urbano.


“Durante todo esse tempo, nunca deixei de confiar na Justiça”, disse Marco ontem, ao voltar ao apartamento.


Até o "The Washington Post" deu na primeira página a disputa que abalou a sociedade carioca.


Pelo desejo expresso de Jorginho, Marco tinha direito à metade de seus bens.


Marco Rodrigues e Jorge Guinle FilhoJorge Guinle Filho nasceu na cidade de Nova York, mas veio para o Rio de janeiro aos 5 meses, onde morou até 1955. Neste ano, mudou-se para a Europa. Viveu em Londres e Paris, onde estudou pintura.


Em 1979, Guinle volta ao Rio de Janeiro e participa ativamente da vida cultural da cidade, sendo considerado mesmo o porta-voz do movimento Geração 80.


Sua vida produtiva como artista plástico foi de apenas sete anos: curtíssima mas intensíssima. “As pessoas se referem muitas vezes a Guinle como uma promessa, o que não é verdade. Ele realizava exatamente o projeto da arte”, afirma Marco Mello, que organizou uma exposição em Curitiba e considera Guinle o grande nome de sua geração. “Uma das características marcantes do Jorge é sua impressionante intimidade com a história da arte”.


O artista morreu em 1987, aos 40 anos, na cidade de Nova York, acompanhado, até o último momento por seu companheiro, o fotógrafo Marco Rodrigues.


O espólio de Jorginho foi uma amostra do que é a alma humana, na história dos Guinle vista por dois ângulos.


Apesar de muitas vezes milionária, a mãe - a implacável Dolores Sherwood - americana casada com o suíço dono da rede de hotéis Orient Express (entre eles o Copacabana Palace, oh mistérios da vida!) apresentou um testamento em que ficaria com todos os bens do filho.


Em seguida, apareceu outro, tudo indica que o válido, em que 50% dos bens ficariam para Marco, 25% para a mãe e 25% para o pai.


Este apoiava o genro, mas como estava em dívida com credores, repassou sua parte
Mais tarde, a família apresentou outro testamento, modificado por juízes que concederam 75% para a mãe e 25% para o pai, reabrindo a batalha.


fonte: MixBrasil

Inglaterra: Ian McKellen vai a escolas para tirar gays do armário

Ian McKellenO ator britânico Ian McKellen está fazendo um trabalho diferente daquele a que estamos acostumados a ver. Ele não está na frente das câmeras, mas indo a escolas na Grã-Bretanha para falar sobre homossexualidade.

O ator vai como representante da “Stonewall”, uma organização que luta pelos direitos gays e ele é cofundador. A conversa se dá num tom bem informal. Em uma das visitas, na escola Hundred of Hoo, na cidade de Kent, ele entrou na sala e perguntou: “Vocês conhecem alguém que seja gay?”. Normalmente, a pergunta é seguida de um silêncio e acenos negativos com a cabeça, até que ele revela: “Agora conhecem. Eu sou”.

Logo depois, o alunos começam a tomar coragem e assumir a homossexualidade ali mesmo. McKellen diz, ainda, que não são apenas os alunos que saem do armário durante a visita dele, muitos funcionários também. Além disso, ele também pede que as aulas de biologia mostrem como o reino animal está cheio de animais que são gays.

Ian McKellen assumiu a sua homossexualidade em 1988, aos 49 anos, e participou defilmes como “Deuses e Monstros”, “O Senhor dos Anéis” e “X-Men”


Fonte: G Online

Londres poderá ter um prefeito Gay em 2012

Brian Paddick

Após vencer as prévias do Partido Liberal Democrata, o comissario aposentado da Policia Metropolitana Brian Paddick, que é Homossexual assumido, será o candidato da legenda à prefeitura de Londres nas eleições de 2012.


Paddick já foi candidato em 2008 e ficou em terceiro lugar. Agora, acredita-se que ele pode ter mais chances, aproveitando-se do desgaste da imagem do atual prefeito, Boris Johnson, do Partido Conservador.

Com sua vitória, o Casamento Gay teria melhor oportunidade de se tornar lei na cidade, já que Paddick é forte defensor do tema. Ele é casado com o norueguês Petter Belsvik desde 2009. A cerimônia de casamento aconteceu em Oslo, capital da Noruega.

Nas fotos, Brian em dois momentos bem distintos...

Primeiro - o Brian PROFISSIONAL que a midia costuma mostrar, o homem que trabalha duro, tem visoes politicas muito abrangentes e nao precisa se esconder sob uma falsa imagem de Hetero para ser respeitado.






Segundo - o Brian HOMEM, que ama e tem uma vida absoultamente normal. (Diga-se de passagem, eu tive a oportunidade de encontra-lo por diversas vezes na academia "Queens Mother Sport Center" em Victoria)










Bom dia a todos... e como diria uma amiga nossa "BEIJO NO OMBRO"!

domingo, 13 de novembro de 2011

Ator Zachary Quinto da série Heroes e Jornada nas Estrelas se assume Gay

Direto da Central de Noticias Gays
www.Centraldenoticiasgays.blogspot.com

Zachary Quinto

O ator Zachary Quinto, que viveu o Spock no filme Jornada nas Estrelas e atuou na série Heroes, revelou sua Homossexualidade em entrevista à New York Magazine.

O assunto veio à tona ao comentar a peça Angels of America, em que ele interpreta um Gay. "A peça me fez perceber como estou feliz de ter nascido quando nasci, de não ter de testemunhar a dizimação de toda uma geração de homens incrivelmente talentosos. Foi a coisa mais desafiadora que fiz como ator e a mais recompensadora. E, ao mesmo tempo, como um homem Gay, isso me fez sentir que ainda há muito trabalho a ser feito. Ainda há tantas coisas que precisam ser olhadas e tratadas", disse.

Ainda que a imprensa sempre tenha desconfiado do rapaz, ela nunca o pressionou. Ele se assumiu por livre e espontânea vontade, depois que o adolescente Gay Jamie Rodemeyer, de 14 anos, se suicidou por não aguentar mais o bullying homofóbico que sofria. Para Zachary, adultos Gays (em especial os mais famosos) devem se assumir para mostrar a esses adolescentes que tudo melhora quando adulto. É o que ele fez.

“A morte de Jamie me fez ver que viver uma vida Gay sem torná-la pública simplesmente não é suficiente para contribuir de forma significativa para o trabalho imenso que ainda falta percorrer no caminho para a total igualdade", completou.

Europa ganha seu terceiro prefeito Gay assumido de uma capital de país


Xavier Bettel

O recém-eleito prefeito de Luxemburgo, Xavier Bettel, acaba de entrar para a história: ele é o terceiro mandatário abertamente Homossexual de uma capital europeia. Paris e Berlim são as outras duas.

Bettel tem 38 anos, venceu a primeira eleição para deputado aos 22 anos, e é conhecido por sempre estar com o marido em eventos oficiais, sem nenhum problema, e por defender a cidadania LGBT.

O político afirma que a orientação sexual dele não foi levada em conta pelos eleitores, nem de forma positiva, nem negativa. ”As pessoas não nos julgam pelo fato de sermos ou não Homossexuais. Os eleitores me escolheram pelo meu equilíbrio, minha personalidade. E não pela minha sexualidade”, disse à Têtu, publicação Gay francesa.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

NOTICIAS - UOL 08/11

Nos Estados Unidos, estima-se que 1,2 milhão de crianças vivam em famílias com pai ou mãe homossexuais


Nos Estados Unidos, estima-se que 1,2 milhão de crianças vivam em famílias com pai ou mãe homossexual.


As adoções por casais do mesmo sexo vêm crescendo significativamente, ao passo que caem as barreiras legais. No Censo de 2009, as crianças adotadas por LGBTs eram cerca de 32 mil, em comparação com 8.300 no anterior, de 2000.

Segundo estimativas do demógrafo Gary Gates, o número de crianças e adolescentes em famílias onde o pai ou a mãe é LGBT chega a 1,2 milhão.

Semana da Diversidade em Araraquara comeca hoje


Celebração à diversidade sexual começa nesta quinta-feira - Programação traz cinema, seminários, concurso e a Parada Gay



Araraquara celebra a partir desta quinta-feira (10) a 6ª Semana de Diversidade Sexual. Com o tema “A Cidadania é Contra a Homofobia”, o evento será aberto às 20h na Casa da Cultura, onde será exibido o filme italiano Um Amor Quase Perfeito, do diretor Ferzan Ozpetek.


Na sexta-feira (11), das 9h às 17h, será realizado o 6º Seminário Diversidade Sexual, no auditório da Uniara. O encontro terá a presença de Débora Malheiros, que é representante da Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo. O debate incluirá temas como a violência contra a mulher homossexual.


A programação prossegue no sábado (12) com o 3º Concurso Miss Trans 2011 e a Pré-Festa da Parada, a partir das 20h, no Teatro de Arena.


O encerramento do evento será no domingo (13) com a realização da 6ª Parada do Orgulho LGBT. A concentração da festa está marcada para as 14h em frente ao Teatro Municipal. O grupo passará pela Avenida Bento de Abreu e seguirá até o Clube Estrela, local de encerramento com a apresentação da Banda Toke Feminino.


O evento é uma realização da Ong RNP+Sol, com apoio da Prefeitura de Araraquara, por meio das Secretarias de Governo, Cultura e Saúde.


(Materia do Site www.EPTV.com.br)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

2ª Conferência Municipal de Politicas Publicas para as Mulheres


Estivemos presentes também na 2ª Conferência Municipal de Politicas Publicas para Mulheres que aconteceu em 31 de Agosto ajudando na elaboração das propostas voltadas a construção da igualdade de gênero, sob a ótica do fortalecimento da autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres, contribuindo assim para a erradicação da extrema pobreza e para o pleno exercício da cidadania das mulheres, sem esquecer que a mulher Lésbica sofre preconceito tanto pelo seu gênero quanto pela sua orientação sexual, neste dia foram eleitas as Delegadas que representarão Araras em ambito Estadual e Federal
As representantes foram eleitas respeitando a proporção de 40% de delegadas do poder público e 60%, da sociedade civil. As titulares são Roberta Barbinato, (indicada do Poder Público), Talita de Conti Roncolato e Rosa Maria Virgulino da Silva (eleitas pela sociedade civil). Além disso, foram eleitas também as suplentes Graziela Zorzenon (indicada do poder público) e Célia da Silva Pinheiro e Valquíria Bera (eleitas pela sociedade civil)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

3ª Parada Gay reúne público de 3 mil, segundo a PM

A 3ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de Araras reuniu cerca de 3 mil pessoas nas ruas na tarde deste domingo (28), Os participantes percorreram a avenida Senador César Lacerda de Vergueiro (avenida do Café) até o Ginásio de Esporte Nelson Rüegger. A estimativa é da Polícia Militar. O trânsito foi impedido em algumas ruas da região central para a passagem do público. A Parada começou na avenida passou pela Praça Barão de Araras e Câmara Municipal, terminando em frente ao Ginásio Nenhum incidente foi registrado durante o percurso. “Foi um evento bem organizado e tranquilo, sem ocorrências”, analisou o diretor da GM, Sérgio Jamil Sarraf. A Parada, teve como tema Por uma Araras sem Machismo, Racismo e Homofobia. Viva a Diversidade! e encerrou a 1ª Semana da Diversidade Sexual de Araras. A programação, que começou quinta-feira (25), incluiu ainda a exposição Homofobia Fora de Moda, exibição de curtas-metragens, lançamento do projeto Tecendo Laços e capacitação de lideranças em Direitos Humanos e Políticas Públicas LGBT. “Nós buscamos o respeito a todo tipo de orientação sexual”, disse Maria Eduarda Negretto, presidenta da ONG Somos. Na abertura da Parada, ela reforçou a importância da lei municipal que instituiu o Dia de Combate à Homofobia, comemorado em 17 de maio; e do decreto assinado pelo prefeito Nelson Brambilla (PT) que garante o direito a travestis e transexuais de serem tratados pelos nomes sociais em órgãos públicos municipais. “Isso representa um avanço em Araras, rumo à igualdade”, acrescentou. Para ela, a população da cidade vem abraçando a causa LGBT. “A cada ano que passa, a Parada se supera. Fico muito feliz em ver pais com crianças no evento, ensinando a elas desde cedo que é preciso respeitar o próximo”, finalizou. (fonte Tribuna do Povo)